Sexta-feira, 14 de julho de 2023
Última Modificação: 14/07/2023 11:33:31 | Visualizada 75 vezes
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Julho é o mês de conscientização sobre as hepatites virais, o conhecido “Julho Amarelo”. E a Secretaria da Saúde (Sesa) chama atenção para a campanha e a importância de manter a população informada sobre a prevenção, diagnóstico e o tratamento das hepatites.
A hepatite é a inflamação do fígado, e pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. As hepatites virais são inflamações causadas por vírus e que podem ser classificados por letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E. São doenças silenciosas, na maioria dos casos.
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“As hepatites B e C são transmitidas pelo contato com sangue contaminado presente em objetos compartilhados como agulhas, seringas, lâminas de barbear ou depilar ou escova de dentes. A hepatite B também é transmitida pela relação sexual e de mãe para filho durante a gestação. É importante que a população se vacine contra a hepatite B, use preservativos nas relações sexuais, não compartilhe objetos de uso individual e só faça tatuagens ou instalação de piercings em locais vistoriados pela Vigilância Sanitária”, informou o coordenador do Programa Estadual de Hepatites Virais.
Orientações à população: prevenção, diagnóstico e tratamento
É importante que a população se atente à prevenção de quaisquer hepatites virais. As hepatites A e E têm suas formas de transmissões por meio do contágio fecal-oral, desta forma manter a higienização pessoal e dos alimentos, em especial os que são consumidos crus, são essenciais como prevenção aos casos.
Para as hepatites B, C e D as formas de transmissão podem ocorrer das seguintes maneiras:
- Transmissão por contato com sangue, por meio de compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam;
- Transmissão por relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada pelos vírus das Hepatites B e D;
- Transmissão vertical que pode ocorrer durante a gravidez e o parto. Em relação à amamentação, a transmissão pode ocorrer caso ocorram fissuras nos mamilos durante a amamentação, mas esta não é contraindicada se forem realizadas ações de prevenção de hepatite B tais como a profilaxia para o recém-nascido, por meio da vacinação;
- Transmissão por meio de transfusão de sangue ou hemoderivados, muito comum no passado é atualmente considerada rara.
A vacinação é a principal prevenção à hepatite B, e também protege contra a hepatite D. Há ainda a vacina para prevenção a Hepatite A, que é indicada para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos. E para que se tenha uma baixa circulação dos vírus no território, a manutenção das coberturas vacinais adequadas, seguindo a meta preconizada pelo Ministério da Saúde, se faz necessária. Em 2022, a cobertura vacinal de hepatite B no Estado de crianças menores de 1 ano foi de 82,27% e para hepatite A, para crianças de 1 ano, foi de 80,35%. Para ambos os imunizantes, a meta preconizada é de 95%. Os dados parciais de 2023 (janeiro a maio), apontam cobertura de 83,61% para hepatite B e de 86,95% para hepatite A.
Já o diagnóstico das hepatites virais acontecem na Atenção Primária a Saúde e o tratamento nos Serviços de Atendimento Especializado. Para o diagnóstico das hepatites A, D e E é realizado por meio do exame de sangue, já as hepatites B e C, podem ser diagnosticadas por testes rápidos, que estão disponíveis nos serviços de saúde. O diagnóstico para a Hepatite B pode acontecer também durante o pré-natal.